sábado, 1 de dezembro de 2012

UECE : MEDICINA INTEGRAL E HUMANIZADA


Fernando dos Santos Rocha Filho*
Dezembro 2012

A medicina é profissão, ciência e arte. Os alunos e alunas do Curso de Medicina da UECE tem demonstrado que desenvolvem as habilidades, conhecimentos e atitudes de alto nível que a profissão hipocrática exige. Durante os seis anos do curso, árduo mas gratificante, imergem nas várias áreas de competência que se esperam do médico contemporâneo, fincado no alicerce dos conhecimentos científicos mais atuais e articulado, de forma ética, com a sociedade em que vive.

Todas as disciplinas e áreas de estudo são importantíssimas para os alunos. Eles constroem uma visão de saúde abrangente e integral do ser humano, inserido em seu contexto social. Como afirma a OMS (Organização Mundial da Saúde), saúde não é apenas a ausência de doenças, mas o bem-estar biológico, mental e social. Bem–estar individual e coletivo. Assim, não se poderia deixar de ressaltar o grande valor que tem, nessa formação médica da UECE, os conhecimentos e práticas na área da saúde coletiva, articulada com a medicina social e com a medicina de família e comunidade. Os alunos, em todas as etapas do curso, tem disciplinas nesse campo preventivo e social, com muitas atividades teóricas e práticas realizadas nos postos de saúde, hospitais e outros serviços vinculados, aos quais expressamos nossa gratidão e admiração.

Em consequência, no Internato em Medicina de Família e Comunidade, os alunos realizam, durante vários meses, atividades prático-pedagógicas junto aos médicos das Equipes do PSF (Programa de Saúde da Família), tanto em postos de saúde de Fortaleza quanto do interior do Estado. Desenvolvem ótimas habilidades e conhecimentos nesse campo, fato testemunhado, inclusive, pelos médicos, gestores e profissionais dos serviços em que atuam.

Isto nos deixa a todos muito satisfeitos e confiantes de que a sociedade conta com esses novos médicos, empenhados com a saúde abrangente, integral e humanizada e com a qualidade de vida das pessoas e das comunidades. Sobressai-se, assim, o Curso de Medicina da UECE e os setores e pessoas que o apoiam, pelo caminho percorrido e por todos os passos que virão.

*Fernando dos Santos Rocha Filho é medico, mestre em saúde pública e especialista em economia da saúde. Foi professor substituto do Curso de Medicina da UECE entre 2007 e 20011, responsável pelas Disciplinas Medicina Social, Ambulatório de Atenção Básica, Ações Programáticas de Saúde e Internato em Medicina de Família e Comunidade. Participou de pesquisas e de atividades de extensão, como as da Liga de Medicina de Família e Comunidade.

terça-feira, 2 de outubro de 2012

Tese de Mestrado: Custos com pessoal e produtividade no PSF de Fortaleza. Fernando S. Rocha Filho.

Tese de Mestrado: Custos com pessoal e produtividade no PSF de Fortaleza. Fernando S. Rocha Filho.

Artigo: Custos com pessoal e produtividade de equipes do PSF em Fortaleza, Ceará. Publicado na Revista Ciência e Saúde Coletiva. Fernando S. Rocha Filho.

Artigo: Custos com pessoal e produtividade de equipes do PSF em Fortaleza, Ceará. Publicado na Revista Ciência e Saúde Coletiva. Fernando S. Rocha Filho.

Ampliação do PSF: a base para a saúde em Fortaleza


Fernando dos Santos Rocha Filho.
Médico. Professor. Mestre em saúde pública. Doutorando em saúde coletiva.

O novo prefeito que assumirá o governo de Fortaleza no próximo mês tem ressaltado, com razão,  a questão da saúde como uma das mais urgentes. Nesse sentido, as 300 equipes de saúde do PSF de Fortaleza (Programa de Saúde da Família) dão cobertura, isto é, atendem regularmente, a 35% da população da cidade, segundo o Dr.  Helly Ellery da SMS de Fortaleza (Secretaria Municipal de Saúde) em declaração ao Jornal O Povo de 27/03/2012. Como as equipes do PSF são as responsáveis pela atenção básica à saúde (ABS), 65% da população estão, portanto, sem acesso regular a esta atenção, que é a base de todo o sistema de saúde. Ela inclui consultas clínicas, ações preventivas, vacinação, visitas domiciliares, acompanhamento de crianças, mulheres, idosos e outras atividades. Por outro lado, em Belo Horizonte a cobertura do PSF é de 79%.

Atualmente integram as equipes do PSF: um médico, um enfermeiro, um auxiliar de enfermagem e 04 a 06 agentes de saúde, os quais atuam em postos de saúde (oficialmente denominados de Centros de Saúde da Família). Pelas normas do Ministério da Saúde, deveria haver aproximadamente um médico (de uma equipe do PSF) para cada 1.000 famílias (ou aproximadamente 4.000 pessoas). Porém, em Fortaleza existem, aproximadamente, apenas 300 médicos do PSF (integrados em 300 equipes do PSF). Desde 2006, não se amplia esse número. Em 2006, as Equipes do PSF havia passado de 115 para 300, porém, depois disso, não foram contratadas mais equipes, continuando o grande déficit. 

O PSF tem potencial para resolver 80% dos problemas apresentados pela população. É fundamental para evitar muitos problemas de saúde ou, tratando-os logo no início, evitar sofrimentos, internações e outros procedimentos mais complexos. É urgente, portanto, a contratação novas equipes de profissionais para o PSF, fortalecendo a Atenção Básica de Saúde, além de várias medidas intersetoriais. 

Ampliação do PSF: mudanças urgentes na saúde em Fortaleza

Em Fortaleza é urgente a ampliação dos profissionais do PSF (Programa de Saúde da Família) e das demais redes de atenção à saúde, além da otimização dos recursos e do incremento de verbas para o setor. O PSF só dá assistência regular (só dá cobertura) a menos de 35% da população da cidade. Enquanto isso, em Belo Horizonte a cobertura é de mais de 80%. Sinergicamente com os outros níveis e redes, o PSF é a base para avançar na resolução da saúde na cidade.

Propósito deste Blog

Este blog visa contribuir para avanços na conquista de saúde para todos com equidade e integralidade. Especialmente com  ampliação do PSF, de mais verbas e recursos para a saúde, e sua otimização.
Fernando dos Santos Rocha Filho.